segunda-feira, 27 de setembro de 2010

MUSEU DA INCONFIDÊNCIA

Fachada do Museu da Inconfidência - Ouro Preto/MG
Foto: Paloma Margaritelli - 2010

Um lugar que tem tudo a ver com o este blog é o Museu da Inconfidência Mineira, que está localizado na Praça Tiradentes, Ouro Preto/MG, em frente à Estátua Tiradentes.

Em nossa viagem, tivemos o prazer de visitá-lo e contaremos um pouco da sua história.

Infelizmente, o museu não permite que fotografem seus espaços interiores. Por isso, é quase impossível acharmos fotos dos seus acervos para mostrarmos aqui.

História

Em meados da década de 30, o presidente Getúlio Vargas determinou que os restos mortais dos inconfidentes degredados para a África fossem trazidos de volta ao Brasil. Cumprida a missão, os ossos que puderam ser exumados chegaram em 1937.

Nesta época, o resgate da história brasileira se tornava prioridade, tanto para governo, quanto para intelectuais. O local para depósito dos corpos dos inconfidentes só podia ser Ouro Preto.

Logo em seguida, em 1938, o prédio da Casa da Câmara e da Cadeia de Vila Rica foi esvaziado e transformado no Museu da Inconfidência. Destinou-se, então, um de seus salões para abrigar o Panteão dos Inconfidentes.

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico dedicado à preservação da história desse movimento em prol da independência do Brasil que não teve sucesso. (leia mais aqui) Formado por mais de quatro mil peças, o acervo do Museu da Inconfidência possui objetos de praticamente todas as esferas da vida sócio-cultural mineira dos séculos XVIII e XIX.

Anexos

O Museu da Inconfidência não se restringe ao prédio da Casa de Câmara e Cadeia. Três Anexos estendem suas atividades para os campos de pesquisa documental, promoção cultural, restauração, conservação e integração com a comunidade.

No Anexo I, ficam um auditório onde acontecem eventos, além de programação gratuita de filmes e palestras, e a Sala Manoel da Costa Athaíde, que recebe exposições de artistas contemporâneos.

O Anexo II sedia a estrutura administrativa, a reserva técnica e o laboratório de conservação e restauração.

Já o Anexo III pode ser considerado o centro de pesquisas do Museu. Nele ficam o Arquivo Histórico, formado por cerca de 40 mil documentos do século XVIII ao XX, e o Setor de Musicologia, que guarda alguns dos mais importantes manuscritos musicais brasileiros, como partituras autografadas.

Na Casa do Pilar funcionam ainda o Setor Pedagógico, que há mais de 25 anos desenvolve atividades que estimulam o exercício da cidadania e a valorização do patrimônio histórico, e a Biblioteca, que possui cerca de 20 mil volumes, onde a maioria dos volumes é rara.

Ida ao Museu:

Separamos aqui algumas coisas que vimos no Museu e que gostaríamos de compartilhar.

Planta do Piso I

Fonte: Caderno de Campo, 2° ano, 2010

Nossa primeira parada foi a Sala das Origens. Nela encontramos diversos objetos em exposição, como bússola, caçambas, armas e espadas usadas pelos bandeirantes, além de brasão, urna de eleição, tinteiro, chaves e fechaduras, cofres e santíssima trindade, usadas pela Coroa Portuguesa. Há também urna Funerária, flechas e lâminas de machados que eram usadas na sociedade nativa da época.

Ao ver toda essa exposição, fomos até a Sala da Mineração. Lá encontramos vários elementos que indicam como se dava a exploração do ouro ao longo do século, como alguns objetos (bateia, brunidores), e outros que mostravam o poder e controle da metrópole, como as palmatórias para controlar os escravos, balanças e medidores etc. O mais interessante dessa sala é que no centro se localiza uma enorme maquete. Ela traz vários bonecos dentro de minas, perto de rios e lamas. Assim, nos ajudando a entender as diferentes formas existentes para a exploração do ouro na época.

A próxima sala foi a Sala da Inconfidência. Nela encontramos alguns objetos, como cadeiras, mesas e atestados de médico de alguns inconfidentes, como João Rodrigues e Inácio Auferes. Em geral, objetos pessoais pertencentes aos inconfidentes.

A última sala visitada foi a Sala Panteão. Essa sala é um espaço dedicado a abrigar os restos mortais dos inconfidentes. Nem todos os corpos ali se encontram, pois alguns não puderam ter suas tumbas localizadas e outros têm sua identificação duvidosa até os dias de hoje. Então, os corpos que não foram encontrados possuem uma lápide vazia. Estão no Panteão os restos de treze dos vinte e quatro sentenciados pela coroa portuguesa.

Fonte: http://museudainconfidencia.files.wordpress.com/2008/08/panteao.jpg

Depois da visita ao Piso I, nos dirigimos até o Piso II

Planta do Piso II

Fonte: Caderno de Campo, 2° ano, 2010

Nossa primeira visita foi à Sala Ataíde. Nesta sala encontramos várias obras do artista, como pinturas e esculturas. A maior parte delas retrata temas religiosos. Em suas obras, podemos observar várias características que o tornam um artista barroco, como a representação em muitos detalhes, expressões faciais muito reais e combinações constantes de cores.

Após a Sala do Ataíde, fomos até a Sala Aleijadinho; outro artista da época. Nela também encontramos diversas obras barrocas de sua autoria. As maiorias de suas obras também retratam religiosidade. Elas são esculpidas em madeira, detalhes a ouro, roupas e cabelos reais, mostrando idéia de movimento, desenhos com feições definidas, entre outras características que Aleijadinho costumava usar em suas obras.


Você gostou do que leu aqui? Quer saber mais?

Então acesse http://museudainconfidencia.wordpress.com/ ou para mais informações:

Tel .: (31) 3551-1121

Endereço: Praça Tiradentes, nº 139 - Centro.

Visitação: terça-feira a domingo das 12 às 18 horas (Vendas de ingressos até 17h30 horas).



Por: Paloma Margaritelli


2 comentários:

  1. Esse museu é muito interessante,pena que não pode tirar fotos do interior do local.
    Para eu que estive lá,eu pudi ter a experiência.No interior conta a historia dos inconfidentes,materias usados na epoca e muito mais.
    (Natalia de Jesus Silva)

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  2. A parte chata foi q não podia tirar foto de nada dentro do museu,mas foi legal.

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